Lagarto dolorido de casulo
Liberta colorida borboleta
Revoa sobre o corpo em cárcere
extravasa as dores e compensa
Os cinzas da amálgama alma solitários
Multidão de azul, violeta, lilás, carmim, magenta
A grade vertical que encerra a cela
sela de cimento não alenta
Bordôletas bordadas na pele
asas levam o pensamento
Prisioneiro livre de bordoadas
pode voar desatento
Texto: Thiago Reginaldo
Fotografia: Surreal de Robert e Shana Parkeharrison
UM POUCO DE CÉU
Cada tom um sentimento Escuro, claro, acinzentado Dor, alegria, solidão
segunda-feira, 21 de julho de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
A arte verbal
A ação de escrever pode devir arte. Em consonância com as manifestações artísticas translada imagens, sons e sentimentos em textos verbais. Enquanto verbos são ações da alma no papel que o recebe e dão vazão a auguras, amores e angústias do escritor. Na sua decodificação despertam, indeferem, ferem, harmonizam ou apaziguam. Uma vez tocado o coração de quem lê passam a ter vez na vida presente do outro - transformam as ações da alma de quem escreveu por empatia em ações da alma de um eu. A tal arte da escrita neste caso é transporte de emoções pela arte verbal. O pretérito e a coerência da escrita quando decodificados pelo ser pouco importam uma vez vibrados os quebrantes do eu.
Autor: Thiago Reginaldo
Imagem: Dominik Smialowski no "Missing Garden project"
Autor: Thiago Reginaldo
Imagem: Dominik Smialowski no "Missing Garden project"
sábado, 14 de dezembro de 2013
O Doutor pirou.
Doutor: Ei maluco!
Para que tantas palavras?
Dizeres de um novo amanhã?
Pare de falar sandices de promissores tempos!
Maluco: Não posso doutor. É que isso não faz sentido, não tem porque existir. Quebrou, engessou, parou no tempo.
Doutor: Ora quanta bobagem!
Se está aí é porque funciona, traz bons resultados.
Maluco: Desculpa senhor, mas eu não posso. Desse jeito não dá.
Autor: Thiago Reginaldo
Para que tantas palavras?
Dizeres de um novo amanhã?
Pare de falar sandices de promissores tempos!
Maluco: Não posso doutor. É que isso não faz sentido, não tem porque existir. Quebrou, engessou, parou no tempo.
Doutor: Ora quanta bobagem!
Se está aí é porque funciona, traz bons resultados.
Maluco: Desculpa senhor, mas eu não posso. Desse jeito não dá.
Autor: Thiago Reginaldo
sábado, 23 de março de 2013
Palavras da alma
as palavras ardem
a gastrite da alma
querem sair a todo vapor ou ficar dentro do corpo solidificas a espera do momento luz
brilham numa brancura que cega quando saem
secam marés e alagam sertões com a volúpia de proferir
é gênese do avesso
saem em embrulhos
pacotes laçados
endereçados
desinteressados
aliviam o lume interior
arcabouço do lume externo
intrínseco revelado em velas de barcos
marejam a vista
mãos em lábios
cordas em unhas
linhas em rugas
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
domingo, 15 de maio de 2011
O avesso
Imerso na real realidade
o lado de papel, rascunhado
rabiscos tentados de inventos testados
com provas de tais relatos de um fato alardeado
Escreves em ampulhetas de tempos
Chaqualhados em revessos tempestivos
o tempo imutável
sóbrio em bolhas de aço
Punhais de titânio perfuram o vidro
trágico momento
levar adiante
postergar a sobriedade
insana evolução
antagônica
Do avesso
é do avesso
de dentro das partículas ser
que manifestam os ímpetos, atos, tatos
Complicado o dado de dentro
multifacetado
disperso dentro do espaço infinito
intangível
O avesso
o verso que não está
logo não é pra ver
logo não se vê
logo não pode estar do avesso
está dentro
um avesso de dentro
avesso do avesso
bifurcado, enroscado, laceado, escondido
Travesso - atravesso do verso avesso
lá está o que não pode estar.
Autor e Imagem: Thiago Reginaldo
o lado de papel, rascunhado
rabiscos tentados de inventos testados
com provas de tais relatos de um fato alardeado
Escreves em ampulhetas de tempos
Chaqualhados em revessos tempestivos
o tempo imutável
sóbrio em bolhas de aço
Punhais de titânio perfuram o vidro
trágico momento
levar adiante
postergar a sobriedade
insana evolução
antagônica
Do avesso
é do avesso
de dentro das partículas ser
que manifestam os ímpetos, atos, tatos
Complicado o dado de dentro
multifacetado
disperso dentro do espaço infinito
intangível
O avesso
o verso que não está
logo não é pra ver
logo não se vê
logo não pode estar do avesso
está dentro
um avesso de dentro
avesso do avesso
bifurcado, enroscado, laceado, escondido
Travesso - atravesso do verso avesso
lá está o que não pode estar.
Autor e Imagem: Thiago Reginaldo
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Pedro, João, Maria...
O caldeirão enfeitiçado da bruxa malvada
tem maçã, contragostos, choros e gargalhadas
O estômago do lobo dentuço
tem vovó, porquinhos, casas e famílias costuradas
A torre edificada
enclausura uma princesa de longas madeixas entreçalaçadas
O sapo
guarda a magia enfeitiçada por um encanto que espera o beijo da mulher apaixonada
Um coração de conto de fadas espera por muita coisa que possa ser guardada
O lirismo de uma música alegre, uma risada
Quando estiver triste pense nesta charada
Quem quem pode ser feliz e construir o próprio palácio de cristal açucarado
Sim sim
Não não
Não é uma pergunta complicada
Pegue uma flor e de pétala em pétala desatada restará só o talo em sua mão
Olhe para o talo verde que lembra uma varinha encantada
Guie em direção ao seu coração
Eis você
A resposta tão esperada.
Texto e fotomontagem: Thiago Reginaldo
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