Minha lista de blogs

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Bordôletas bordadas

Lagarto dolorido de casulo
Liberta colorida borboleta

Revoa sobre o corpo em cárcere
extravasa as dores e compensa 

Os cinzas da amálgama alma solitários
Multidão de azul, violeta, lilás, carmim, magenta

A grade vertical que encerra a cela
sela de cimento não alenta

Bordôletas bordadas na pele
asas levam o pensamento

Prisioneiro livre de bordoadas
pode voar desatento



Texto: Thiago Reginaldo
Fotografia: Surreal de Robert e Shana Parkeharrison

domingo, 20 de julho de 2014

A arte verbal

A ação de escrever pode devir arte. Em consonância com as manifestações artísticas translada imagens, sons e sentimentos em textos verbais. Enquanto verbos são ações da alma no papel que o recebe e dão vazão a auguras, amores e angústias do escritor. Na sua decodificação despertam, indeferem, ferem, harmonizam ou apaziguam. Uma vez tocado o coração de quem lê passam a ter vez na vida presente do outro - transformam as ações da alma de quem escreveu por empatia em ações da alma de um eu. A tal arte da escrita neste caso é transporte de emoções pela arte verbal. O pretérito e a coerência da escrita quando decodificados pelo ser pouco importam uma vez vibrados os quebrantes do eu.


Autor: Thiago Reginaldo
Imagem: Dominik Smialowski no "Missing Garden project"