domingo, 19 de setembro de 2010
A flor
Vultosa magnífica ex-flor
Frutuoso alizarin
Um dia, o vento soprava desafinado
pétala partida
a seda vermelha do cálice se desvinculou
um veludo de caríssimo rubor
Quando de ti partiu flor
no chão ocre da dor
encontrou um purgatório-amor
onde os corações adoecem
fragilizada
desconfigurada
muito tempo soou
muito tempo
muito tempo...
A flor vermelha perdeu
o chão mísero encontrou
Trocas do amor
Uma rosa distante
de energia nutrida da terra
energia sangue da pétala morta
vívido alaranjado
nutriu-se de efemeridade
sentimento vulgar
No processo
a terra fogo
mutante que é
faz para os perdidos
fervor
A rosa primeira
deficiente
irregenerável dor
intangível no clamor
se esvai
cai
Autoria do texto: Thiago Reginaldo
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